quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Mallu Magalhães lança novo clipe em parceria com a Hungry Man Projects e promete revolucionar a forma de se ver videoclipes.


Aconteceu hoje no Kinoplex Itaim o lançamento do novo clipe da Mallu Magalhães, “Velha e Louca”, porém, não foi um simples lançamento, mas sim uma ação feita pela artista e sua gravadora, Sony Music, em parceria com a produtora Hungry Man e o diretor Paulo Gandra, onde, pela primeira vez no Brasil, um videoclipe foi lançado com exclusividade em um cinema.
A partir dessa sexta-feira, dia 20, aqueles que forem assistir “As Aventuras de Tintim” em qualquer cinema da rede Kinoplex no país, se contemplarão com a exibição do maravilhoso clipe da Mallu antes do filme.
A ideia é transformar o cinema, com uma iniciativa inovadora, em uma plataforma de exibição de produtos de comunicação e entretenimento, aproveitando melhor as salas.
O projeto foi viabilizado pela Mobz, empresa especializada em desenvolvimento e distribuição de conteúdos especiais em cinema.
A gente conversou com a Mallu, Paulo Gandra e Armando Ruivo, o CEO da Hungry Man no Brasil. Confiram agora o que eles nos contaram.
Mallu Magalhães:
Como a moda, o estilo, influi na sua música e na sua pessoa?
Eu acho que caminha tudo meio junto assim, pelo menos pra mim, todas as possibilidades que eu consigo encontrar de me expressar, ou seja, de transformar em físico e palpável, uma coisa que eu tenho dentro de mim, um sentimento, alguma coisa assim, qualquer oportunidade, qualquer fresta, é uma possibilidade, então a moda pra mim é exatamente como o música, uma vontade de me mostrar, tirar de dentro de mim a minha essência e transformar em alguma coisa que comunique com o próximo. A moda é muita comunicação, é a comunicação não verbal, comunicação corporal, as roupas, as vezes a gente esquece, mas a palavra é muito pouco perto disso, então a moda pra mim é um complemento da música, da poesia, e elas caminham super juntas assim. Eu sou essa metamorfose, esse vulcãozinho dentro do meu coração, e eu cada hora to de um jeito e não deixo de fazer nada, por que essa diversidade, pluralidade assim de vocabulário que é a graça, que me faz talvez assim tão distinta, essa busca por mim mesma, e esse próprio desencontro comigo mesma me faz essa coisa diferente.
O que te influência na hora de compor?
Eu gosto muito de compor na praia assim, e a vez que eu descobri isso foi maravilhoso, por que eu fui à praia com a minha família e eu fiquei impressionada como eu compunha muito mais por lá, tipo, 10 vezes mais, eu fiz um monte de música, e percebi que tinha uma relação com o sol, o mar, aquele árido, tudo aquilo.
Como você definiria o seu amadurecimento na música e na sua vida?
Eu tenho tido a impressão de que a gente meio que é o que a gente passou, assim, a gente é um resultado das nossas experiências, do nosso caminho, das coisas que a gente escolhe, então eu tenho respeitado muito e tenho valorizado muito as impressões que eu tenho, as sensações que eu tenho, tipo, eu acho que eu devo ir por aqui, eu acho que eu devo fazer isso, eu tenho a impressão de que eu sou assim, sabe? Eu acho que a minha música tem retratado muito isso, tem mostrado que eu to meio que valorizando e desfrutando da existência autoral.
Como foi fazer o clipe com a Hungry Man? Como surgiu essa ideia de exibir no cinema? O que vocês esperam com a exibição do clipe em cadeia nacional de cinemas?
Bom, a experiência com a Hungry Man foi maravilhosa, eu espero fazer muitos outros trabalhos com eles, por que tanto na parte pessoal, na própria convivência, foi maravilhoso, e na parte profissional eles souberam direitinho me escutar e souberam realizar tudo dentro do possível, e eles se esforçam muito, eles são muito esforçados, e eu também, e isso também a gente tem em comum, esse amor pelo trabalho, eles tem muito amor pelo trabalho, e poxa, isso é maravilhoso, e eu acho que esse próprio amor, essa vontade de trabalhar, de exibir, de colocar pra frente, de mostrar, é que levou a essa ideia do cinema, e essa oportunidade maravilhosa de um cinema tão bacana, que é o Kinoplex, poder exibir em todo o país, nossa, é maravilhoso, eu to muito contente, to animadíssima.
Os fãs podem esperar alguma participação sua na nova turnê do Los Hermanos?
(Ela ri bastante antes de responder)
Não, não, não, não, minha única influência ali é a setlist, quem monta a selist deles sou eu.
Paulo Gandra:
Fale um pouco sobre o videoclipe pra gente, o processo de criação dele e a filmagem.
Então, em relação ao videoclipe, a intenção era fugir desse clichê de se contar uma história, como a gente vê na maioria dos clipes, que tem uma historinha com começo meio e fim, com um roteirinho, e a gente tinha uma meta, que era mostrar pro espectador a Mallu de um jeito que ninguém nunca viu, ela madura, crescida, sensual, bonita, extremamente fotográfica, fazendo charme pro espectador, e acho que esse desafio foi totalmente cumprido, então a ideia do clipe foi desenvolver em todos os enquadramentos de câmera sensações pro espectador, então, ao invés da gente ir pra um roteiro, com inicio, meio e fim, a gente falou “não, vamos desenvolver um clipe extremamente fotográfico, em que cada cena, cada enquadramento de câmera, remeta a uma sensação, remeta a uma lembrança pro espectador, lembre da vida dele”, então, a gente tinha como uma referência principal a Brigitte Bardot, uma referência bem francesa e charmosa, e eu acho que a gente conseguiu ser muito bem-sucedido nesse quesito no clipe, por que a Mallu cresceu de uma forma muito grande, tá extremamente fotográfica, extremamente charmosa e acho que o clipe ficou muito gostoso de se ver assim nesse ponto.
O que você espera com a exibição do seu trabalho em cadeia nacional?
Eu acho que é sempre legal você fazer uma ação inusitada, uma ação nova. Primeira vez que um clipe tá sendo estreado no cinema, numa mídia alternativa, e não no premeditado, que é uma MTV, um Multishow, e tudo mais, eu acho que pessoas que não estão acostumadas a entrar em contato com esse tipo de trabalho vão acabar entrando e acho que acaba sendo uma mídia espontânea muito bacana, tanto pra mim como diretor, como pra produtora, como pra Mallu também. Eu acho uma coisa super legal, uma coisa que vai começar a se tornar um hábito constante dentro do processo de videoclipes.
Armando Ruivo:
Como que surgiu a iniciativa de passar o clipe no cinema? Como que foi o brainstorming pra algo assim tão diferente, tão único?
Quando a gente tava vendo o filme em pós-produção, naquela salinha acústica, com monitor grande, a gente olhou e falou “gente, isso daqui é cinema”, né? Por que onde você tem uma imagem gigante, um som maravilhoso, onde as pessoas tão sentadas esperando ver algo diferente, isso é o cinema. Então essa quebrada nos meios tradicionais não significa que eles não vão estar lá, eles vão, mas vamos incluir o cinema nesse circuito de lançamento de videoclipe, por que você pega um consumidor, uma audiência, totalmente desarmada, por que ele tá aqui para receber a informação, diferente de quando você tá fazendo uma busca, querendo ver alguma coisa, então, a surpresa pra nós soa positivo e soa diferente. Você se apropriar de uma mídia, de lançar esse movimento, também é super bacana, por que você fala “por que ninguém nunca pensou nisso antes se faz tanto sentido? Será que tem algum problema?” e conversando com as gravadoras, conversando com os exibidores, problema nenhum, só faltou alguém querer fazer, então a gente ficou super feliz de inaugurar esse novo modelo de negócio, por que isso acaba se tornando um produto comercial pra Mobz (empresa que viabilizou a exibição em cinema, e que já trouxe os filmes do U2 e do Foo Fighters), ficamos felizes por ganhar uma exposição da artista e da produção, da nossa marca, e a Sony tá feliz da vida, que também tá divulgando o artista dela, então, esse casamento fez com que o cinema tivesse sentido.
Por que a escolha da Mallu para iniciar esse projeto?
A Mallu foi por que era o clipe que tava saindo pra lançar, fomos nós que produzimos o clipe dela, então o acesso com o empresário, com a gravadora, que tava justamente num momento de aprovação do clipe, foi o que tava a mão, mas isso não impede da gente produzir com outros artistas e colar outras marcas junto do circuito.
Como que foi a negociação com a Kinoplex e a escolha de “As Aventuras de Tintim” para ser o filme onde o clipe será exibido antes?
A gente procurou um filme que fosse estrear rapidamente, pra que a gente não perdesse o timing do lançamento, por que a gravadora tem um cronograma dos artistas, e o Tintim foi o filme que a gente percebeu que teria uma grande bilheteria e que vai ter um público a ver com o artista, né? Não é um filme violento, um filme 100% masculino, que os caras tão vindo pra ver briga, sangue, e vê a Mallu doce, cantando, causaria um ruído, então a escolha do filme também foi pensada pra que ficasse tudo harmonizado dentro do contexto do conteúdo.
Quais são os próximos projetos que vocês têm? Vocês podem liberar alguma coisa pra gente?
A gente tem bastante projeto na área de entretenimento, na indústria automobilística, no varejo, mas como eu te falei, a empresa tem 3 meses, então tem muita coisa sendo desenvolvida, tem coisa sendo finalizada, outras produzidas, então eu não posso dizer ainda nomes, marcas, por que tem contratos de sigilo, mas tem bastante coisa vindo ai.
Com a versão em 3D do “Star Wars: Episódio I – A Ameaça Fantasma” vindo ai, vocês estão planejando alguma coisa?
Sim, tem coisas pensadas já, mas não posso divulgar (tudo isso dando risada).
Só nos resta aguardar até o dia 10 de Fevereiro pra ver o que a Hungry Man está tramando, mas tendo em vista a qualidade do evento de hoje, deve ser algo incrível.
Foi muito interessante poder ver algo tão diferente e inovador, esperamos que cada vez mais os brasileiros tenham grandes ideias como essas. Desejamos aqui todo o sucesso do mundo para a fofa da Mallu, para o grande Paulo Gandra e para toda a genial equipe da Hungry Man.

Fonte: Blog Bate Macaco

Um comentário:

  1. Making Of - Velha e Louca - Assistam!!!

    http://www.youtube.com/watch?v=DxIcXDXCipE&list=UUaklaTrpo9rHM-lY2ANrZ-A&index=1&feature=plcp

    ResponderExcluir