domingo, 6 de dezembro de 2009

Agora vejo a música como profissão, diz Mallu Magalhães

Há cerca de dois anos, Mallu Magalhães apareceu como uma das promessas da nova música folk brasileira. Hoje com 17 anos, ela lança seu segundo disco e diz que agora vê a música "como uma profissão".

O álbum, que recebe o nome da cantora, tem 13 faixas, todas compostas por Mallu. As faixas, sete em inglês e seis em português, têm influências que vão da psicodelia (Bee on The Grass) ao reggae (Shine Yellow), passando pelo folk que consagrou a cantora.

A produção ficou nas mãos de Kassin - que já produziu trabalhos de Caetano Veloso, Adriana Calcanhoto, Los Hermanos, entre outros. O cantor Marcelo Camelo, namorado de Mallu, participa de quatro faixas: três como backing vocal e uma com assovios.

Confira a entrevista com Mallu Magalhães:

Quanto tempo o disco levou para ser gravado?
Foram dois meses de pré-produção e quase dois meses de gravação mesmo? E gravar este disco foi mais fácil do que o primeiro?
É difícil dizer se é mais fácil ou mais difícil. O que posso dizer é que foi mais trabalhoso. Foi muito mais tempo de pré-produção, que foi muito mais pontual. Ensaiávamos muito. Eu vi esse disco muito mais como uma profissão. O primeiro disco era mais um registro das músicas que eu havia feito pela minha vida toda. Esse disco é mais um retrato da pessoa que eu sou agora.

Você ainda se vê como uma "promessa" ou acha que já se estabeleceu como cantora?
Agora nesse novo passo estão me tratando muito mais como profissional. Assim como eu estou me sentindo e me tratando também. Consigo achar que eu tenho uma caminhada a fazer e esse é o começo dela.

Como foi o processo de composição destas músicas novas?
Não tenho um processo de composição muito certo. Escrevo toda hora, não é nada muito programado.

Você já chega com elas prontas ou a banda participa dos arranjos?
As composições são todas minhas, mas a banda tem um papel enorme nos arranjos. Eles me acompanham desde o começo, então já temos uma sintonia. Em Shine Yellow o reggae do disco, por exemplo, acho que desde o momento que eu compus já pensei nela como um reggae, é difícil ¿catalogar¿ a composição. Os meninos da banda me ajudam a materializar um sentimento que eu tenho quando componho.

E qual a influência do Marcelo Camelo no disco?
O jeito de composição dele é muito diferente do meu, mas é claro que ele acaba influenciando, já que é com quem eu convivo bastante e pra quem várias músicas são escritas. Tem também a contribuição artística já que sempre fui muito fã dele. Então é fácil perceber a presença dele no disco, sem nenhuma pretensão de ser igual ou diferente à obra dele.

Ele vai participar de algum dos seus shows?
Depende. A participação dele foi mais nos coros do disco. Mas é claro que se tiver a oportunidade ele participa. E ele canta tão bem... Mas não tem nenhum projeto de encontro.

A última vez que te entrevistei, antes do Planeta Terra festival 2008, você estava bastante interessada em outras artes, como maquiagem, o circo... Hoje em dia está mais focada na música?
Continuo com o interesse em vários ramos, tenho feito vários cursos para tentar descobrir o que eu gosto, o que eu não gosto. Fiz de ilustração, jornalismo de moda, figurino...

E você cuida do figurino dos seus shows?
Na turnê anterior não tinha uma grande preocupação com o figurino. Só para a gravação do DVD, que nos vestimos meio parecidos. Mas eu e os meninos da banda estamos tão em sintonia que acabamos nos vestindo parecidos naturalmente.

Esse disco também vai virar DVD?
Não tem nada programado, mas é bem provável. É tão legal DVD não é? Gosto de ter esse registro em vídeo.

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