quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Mallu Magalhães: "Posso me entrevistar sozinha"

Fenômeno pop lança o segundo álbum aos 17 anos.
Por Gustavo Heldt - 10/12/2009 - 11:01

Novo Hamburgo - O fenômeno pop Mallu Magalhães, revelada pela internet e conhecida por seu jeito peculiar em entrevistas, é uma garota sincera. Para lançar o seu segundo álbum, auto-intitulado, a garota de 17 anos o descreve como "um segundo passo, uma segunda tentativa". Mesmo com o ritmo acelerado de entrevistas sobre o novo trabalho, Mallu não utiliza o padrão de respostas que alguns artistas empregam diante de questionamentos da imprensa. A cada pergunta, "eu abro o coração mesmo", diz ela, que se incomoda com indagações sobre o namorado, Marcelo Camelo, e com jornalistas que não gravam a conversa e depois interpretam mal suas declarações.

O segundo disco apresenta uma Mallu mais madura até na voz. O CD contém seis canções em português e sete em inglês. No anterior, eram apenas duas em português, pois ela tinha vergonha de cantar no idioma. Em quatro faixas, Marcelo Camelo acompanha Mallu - três como backing vocal e uma como o responsável pelos assobios. Já nas lojas, o ábum é produzido por

Kassin, que trabalhou anteriormente com Caetano Veloso, Adriana Calcanhoto e Los Hermanos. Confira a entrevista que ela concedeu com exclusividade ao Caderno Bah! e vamos torcer para que a moça volte a subir o quanto antes nos palcos gaúchos.


Bah! - Como está o ritmo de entrevistas, Mallu?
Mallu -
Nessa fase de lançamento, é bastante coisa. Mas acho legal dar entrevista. Já sei até as perguntas: "Como foi trabalhar com o Kassin?" e "Como é namorar o Marcelo?". Posso me entrevistar sozinha, se quiser. Quando respondo, penso e trabalho os conteúdos. Então eu gosto. Respondo sempre, sou sincera. às vezes, me desgasto com isso. Abro o coração mesmo. Tem jornalista que não grava. Eu digo uma coisa, e ele acaba entendendo outra.

Bah! - Como tu defines este novo trabalho?
Mallu -
O resumo é que este é um segundo passo, uma segunda tentativa. E muito eclético, porque podia ter uma lado A e um lado B. Me sinto mais segura e madura agora, profissional e emocionalmente. Até a minha voz mudou, e gosto mais dela.

Bah! - Tu ficas brava quando perguntam do teu namorado?
Mallu -
Sei que é curiosidade das pessoas, mas eu fico, sim. O que eu realmente falaria sobre o meu relacionamento ninguém pergunta. Tento não expor a gente dessa forma. Preciso ter cuidado com o que eu falo.

Bah! - Quais foram as influências para o álbum?
Mallu -
Minha referência principal ainda é o Bob Dylan, mas estou mais eclética. Estou ouvindo de Maytals a Chico Buarque. Escuto muito Mutantes, Caetano... Você já escutou Maytals (grupo jamaicano de reggae)? Procura no
YouTube, é muito legal.

Bah! - O que te motiva a fazer música?
Mallu -
Minha inspiração vem do "movimento do sentir". Vem das minhas relações familiares, amorosas. Dos meus desencontros. Tudo isso é motivo para fazer música.

Bah! - Como é a Mallu Magalhães na aula?
Mallu -
Falto bastante. Sempre tive dificuldade em me relacionar. Tem que ter cuidado. Então, na aula, sou meio quieta, ninguém vem falar comigo. Acho que o pessoal fica envergonhado. É ruim entrar em um lugar e ver que as pessoas já te amam ou te odeiam. Escola é uma coisa estranha.

Bah! - E faculdade, tu queres cursar?
Mallu -
Pretendo, ainda. Mas, por enquanto, faço cursos livres. Os últimos que eu fiz foram de "Ilustração e Construção de Livros" e "Jornalismo de Moda". Esse de jornalismo foi bom para descobrir que não quero ser jornalista.
Não quero tantos limites. Talvez faça um curso de crônicas. Meus textos têm muitos adjetivos.



Fonte: Bah Digital

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