sábado, 12 de dezembro de 2009

Um novo passo para Mallu Magalhães

Em seu segundo disco, a cantora, de 17 anos, esbanja talento e criatividade. Fora isso, basta meia hora de papo com a artista para se encantar pelas suas ideias e temperamento

Por Cristiano Luiz Freitas

À primeira vista, os “malas” de plantão sentenciaram: “essa menina é uma farsa, uma bobinha, apenas mais uma ‘gracinha teen’ em busca dos 15 minutos de fama”. Remando contra a maré, Mallu Magalhães, 17 anos, superou as críticas, ergueu a cabeça – sem perder a humildade, é claro – e surpreende com o segundo disco de carreira.

Para começo de conversa, Mallu estreia agora em uma grande gravadora (Sony Music). Detalhe: fez o álbum como quis e sem sofrer qualquer interferência. “A primeira música de trabalho? Então, vamos para Florianópolis no fim de semana (dia 5) para gravar o videoclipe de ‘Shine Yellow’. De repente, essa pode ser a canção”, fala a artista, em entrevista exclusiva à Gazetinha.


Planos – como deu para perceber – não são o forte de Mallu. Depois de fazer da internet o seu ponto de partida, evidenciando que a indústria da música precisa de uma boa reciclagem, a cantora chama a atenção pelo misto de maturidade e ingenuidade. Ou melhor: transparência é sinônimo de Mallu. “Tô no momento de um segundo passo, mais corajoso, calmo”, emenda.

De fato, em quase dois anos, a rotina da garota paulistana passou por uma transformação absurda. Febre na net, as canções de Mallu conquistaram fãs por todo país, ela bateu recordes de acesso no MySpace, ganhou espaço na MTV e em outras emissoras de tevê.

Com tudo isso, veio um preço alto também. “A confusão emocional é a parte mais complicada. Você vive em vários mundos ao mesmo tempo. Me machuquei muito, aprendi com os erros e me aproximei ainda mais da família”, avalia.

Apaixonada por Doritos, jardinagem e por confeccionar os seus próprios vestidos, Mallu lida bem com situações típicas da adolescência. A idade, por exemplo, trouxe alguns centímetros a mais, que exigiram uma reforma geral no guarda-roupa.

Ao contrário da maioria dos garotos e garotas, prefere ficar em casa criando os seus próprios cadernos a gastar muitas horas batendo pernas no shopping. “O jovem tá muito desvalorizado, tudo isso por culpa dele mesmo em parte. Às vezes, eu penso: gente, que cara tem a minha geração, dos anos 2000? Não temos personalidade?”, reitera.

Paralelamente aos compromissos profissionais, Mallu termina o 2.º ano do ensino médio. Craque em História da Arte, Língua Portuguesa e Literatura, a cantora também se dedica a cursos livres. Fez um de jornalismo e moda, que rendeu uma conclusão interessante: “Gostei, mas não quero ser jornalista. Tem muitos limites no trabalho”, avisa a menina, que ama escrever crônicas.



Divulgação / “Curitiba é uma cidade muito legal e não acho as pessoas nada frias, isso é lenda. Na última vez que eu estive aí (Lupaluna), fiquei em um hotel bem na frente da Biblioteca Pública. Passei horas vendo pela janela as pessoas lendo, escolhendo os livros”, Mallu Magalhães, 17 anos, cantora “Curitiba é uma cidade muito legal e não acho as pessoas nada frias, isso é lenda. Na última vez que eu estive aí (Lupaluna), fiquei em um hotel bem na frente da Biblioteca Pública. Passei horas vendo pela janela as pessoas lendo, escolhendo os livros”, Mallu Magalhães, 17 anos, cantora



Fonte: Gazeta do Povo

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