sábado, 12 de dezembro de 2009

Entrevista: Mallu Magalhães

Mallu mulher. Sim, hoje com 18 anos de idade, a cantora Mallu Magalhães já não é aquela adolescente que virou febre pela Internet, com seu primeiro sucesso Tchubaruba.

Madura, ela buscou novas sonoridades em seu segundo CD, recém lançado no país inteiro. Folk, rock, Mpb e até Reggae. Estão todos os gênero lá, com a adição de novas letras em português, que aos poucos ganham cada vez mais espaço no repertório de Mallu.

Aproveitando o lançamento deste novo álbum, o Vaga-lume conversou com Mallu Magalhães, que contou detalhes sobre o novo material, o impacto de seu namoro no trabalho, relacionamento com os pais e até o improvável: ela escuta forró!

Confira a íntegra desse bate papo a seguir.

Mallu, você lança um novo disco pouco mais de 1 ano depois de seu primeiro álbum oficial. Você já sentia essa urgência em lançar um novo material ou foi algo que aconteceu naturalmente?
Uma certa mistura dos dois. É uma urgência, uma ansiedade que vem naturalmente.
Afinal, componho muito e sinto que é difícil recuperar a sensação, a atmosfera do compor, mais uma vez para gravar.


Aos poucos você começa a mudar o perfil de suas composições, com mais letras em português. Isso aconteceu devido às influências musicais mais recentes ou você tem sentido mais vontade de escrever em português mesmo?
Acho que tanto as influências quanto minha própria libertação interior são fatores que me fazem, inconscientemente, escrever em português.

Agora com uma banda ao seu lado, sua forma de compor mudou muito ou continua a mesma coisa de quando você começou?
Continua a mesma, pois não tenho o costume de compor durante ensaios e tal... e meu compor é muio pessoal, sinto dificuldade em imprimir minha sinceridade ao lado de outro alguém.
Existem, porém, parcerias com meu guitarrista Kadu, mas não ainda no álbum.


"Shine Yellow" destoa um pouco de todas suas canções. A experiência de escrever um reggae é muito diferente de suas outras composições?
Não. Como venho explicando, meu movimento de escrever é tão livre e natural que não controlo o idioma ou o ritmo.


"Make It Easy" é uma canção que descreve a relação de uma filha e uma mãe. Partindo disso, o relacionamento com seus pais mudou bastante depois de dois álbuns lançados, turnês e a perspectiva de toda uma carreira musical pela frente?
Sim. Tenho a impressão de que eu mesma amadureci pessoal e emocionalmente. Tenho, agora, uma percepção mais calma de vários fatores e acontecimentos que me cercam. No caso desta relação, percebi que, por conseguir me posicionar no lugar de mãe, aquilo que sempre julguei autoridade, moralismo ou conservadorismo era, em sua essência, amor e, por ser amor, medo e cuidado.Isso me ajudou muito a ter uma relação mais tranquila.


Qual o impacto do seu namoro em suas composições? Você fica mais cuidadosa com o que escreve ou isso flui naturalmente?
Eventualmente releio o que escrevi e corto versos, frases ou palavras. Ao mesmo tempo, tenho de ficar atenta para não apagar o que escrevi de mais valioso e sincero.

Se você tivesse que escolher uma música para apresentar seu novo álbum a um amigo, qual seria a escolhida? Por que?
Depende do amigo! Não consigo ver uma só canção que resuma ou apresente a obra toda.
Acho que a mistura das composições que revelam o que quero dizer.


No início de sua carreira, suas influências eram Bob Dylan, The Beatles e Belle and Sebastian. Quem entrou nessa lista, que há três anos você sequer ou pouco ouvia?
O Chico Buarque, o Caetano Veloso, a Nara Leão, a Maria Bethânia... Os Mutantes, Toots and the Maytals, Lee Dorsey.... e por aí vai.

Conte pra gente: Quais são seus outros gostos não relacionados à música?
Puxa! Tenho tantos!
Além de artes plásticas, poesia e costura. Faço muita jardinagem!


E nos fones da Mallu, tem alguma música ou artista que ela tenha vergonha de dizer que escuta?
Vergonha? Puxa... não tenho vergonha mas, acho que o que escuto de mais inesperado é Falamansa.

Mande um recado para os seus fãs no Vaga-lume.
Um abraço apertado para os queridos fãs no Vaga-lume!



Fonte: Vagalume

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